O rei batia os pés e Barbarás tropeçava. O rei subia e Barbarás caía.
E todo o reino sabia que atrás do rei uma sombra surgia, e Barbarás todo elegante, atrás da peruca, sorria.
Seria inédito vê-lo descer e andar entre os vassalos, lhe ocorrendo algo semelhantemente inédito. Mas gostava mesmo é de dormir nos ombros do rei, e sobre a surdina beliscar sua face rosada e se cobrir com suas pálpebras pesadas e quentes. O rei era tudo o que tinha. E se não tinha tudo, decerto o rei o tinha.
Descobriram também, muito mais tarde, que Barbarás vivia dentro das embarcações descobridoras, dentro de uma pedra meio naufragada, dentro da barba suja de um beberrão.
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