11 de dezembro de 2010

O que não mudou

Gritou por todos os lugares, instâncias e proporções.
Sentiu o cheiro do teu adorável nome, assim como o som de todos os pequenos objetos presos em suas miudezas. Alimentou-se do tempo, da luz do sol e da infinidade de lágrimas que tivera derramado até aquele momento. Felicidade escorria em seu rosto.

Era o momento mais esperado e mais presente em seus sonhos. Uma única camisa, um tecido de corte nobre. os olhos fitavam o mar em miscelâneas coloridas no tom de azul. Lembrou-se de suas borboletas em cores semelhantes, dividiu com ela essa mesma ternura.

Olhou para o céu e viu a lua que já tivera sido uma cortina teatral para os dois. Sorriu pra aquela lua, que lhe devolveu o sorriso com uma promessa: Deixarei o espetáculo na eternidade. Viu em si tanto amor refletido no céu, e as estrelas confirmavam: Ela está chegando.

Pensou no caminho que eles fizeram até aquele dia, de como seria caminhar segurando a mão do amor de sua vida, afogando-se em lágrimas! Ficou ali, sentado e apreciando os poucos soluços que lhe restavam. Sentiu uma alegria, que nem conseguia conter em seu corpo.

Ele virou e contemplou os momentos anteriores, de todos os encontros que criou em seus sonhos e mesmo quando estava acordado fazia questão de pintar com algumas cores a sua tela, mas aquele era o quadro mais raro de sua vida... Era como encontrar um espelho que refletisse a sua alma, um sorriso que te faria parar de respirar, só pra garantir minutos depois, que aquilo não era um sonho.

2 comentários:

  1. Não há o que dizer, todos os textos são muito bem escritos, verdadeiros pedacinhos de paz. Há muita calma emanando deles, não sei se me entende. E muita alma. Grandes textos, grande escritor.

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  2. Uma postagem sem imagem, mas com cores vibrantes. Tons perfeito de transparência. Parabens! WSenhorinho - NI/RJ.

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