11 de janeiro de 2011

A sétima criatura espiritual

A sétima criatura

Existe algo além do número seis,
que brilha como azulejo impregnado no céu.
Que se esconde, pois é único.

Túnica que descansa os pés, que acolhe a pátria,
que almeja banhar-se em seus longos cachos,
carrega um movimento ancorado no peito.

Um viajante, descendo contra a tempestade.
Reagindo a cada sopro desventurado.
Não se segura, não se amolece, apenas continua.

Não veio ao mundo para comover.
Veio ao mundo para abocanhar,
despir e controlar.

Dorme no abismo adormecido!
Criatura do sétimo dia, da sétima muralha,
do número sete, da cabana generosa.

Já que preferistes andar até o fim,
seria correto afirmar que não abandonarás a contagem?
Filho da agitação, o próximo número abandonará a tua casa.

Criatura espiritual

Ó espírito repentino, não digo que tu serás eterno.
não ligo se morrerás em breve,
vós que sempre esteve aqui, precisará partir.
Aponta-me para teu destino
seja este próximo ou distante.

Ó parasita que anda em meus domínios,
diga-me qual foi a viagem mais duradoura.

- Eu que sou único entre as almas
- Intrépido.
- intrépido és tu, animal insolente.

Vagando por terra, procurando abrigo
tu não encontrarás pátria mais orgulhosa de vosso filho.
Esconde-te de mim, inseto solitário.

Dentro da noite, observai a escuridão.
Desta tu provará por um século.
Desafia-me ó sombra da maldade,
nascestes pobre, morrerás vazio.

4 comentários:

  1. Oi, Anthony, tudo bem?
    Gostei muito do modo como estruturou esse poema. Belo trabalho de composição.
    Abraço.

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  2. Muito legal seu blog, curti muito seguindo
    http://gabriellduarte.blogspot.com/

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  3. Muito bom seu blog, parabéns. Se vc puder dar uma passada no meu blog, agradeço. http://lorenbeiram.blogspot.com/

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  4. bem interessante esse poema, tem um estilo todo místico!
    Gostaria que conhecesse meu blog http://artegrotesca.blogspot.com
    bjos

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