O período para dizer-lhe que és imundo e que o teu reino, que tanto o fez de bom, será devastado pela crueldade do último coral.
Vejo-te levantando o refrão, mas não me refiro ao coral, nem toco na letra que será costurada nas pequeninas vozes da catedral.
Verás que a aflição não dura muito, que os pessimistas são donos de uma visão aprimorada.
Há, entre os homens, aquele que se veste de Deus. Este está permanentemente instruído pelo Demônio. Veja-me, agora, em doze tecidos, forrando a túnica na minha cabeça, entre dedos retorcidos em luvas escuras com bordas azuis. Senhor da vasta referência cultural dos teus jovens, amantes e filhos, que trazem aos teus, o titulo de pai e mãe.
Ainda, no último período:
Não haverá fuga para “um lugar melhor”, ou seja, não existirá o desligamento de espírito e carne;
Teus adoradores, assim como os adoradores do teu filho, serão ídolos da uma década passada;
Quando a última sirene ressoar entre os céus, e o coral alcançar todos os ouvidos, teu salvador negará o próprio trono;
Haverá desistência dos mais fracos e abstinência dos mais fortes (Esta é a contradição do tempo absoluto).
No início será sereno, de uma plenitude jamais apreciada. Depois veremos a dor que causamos sendo narrada por toda criatura viva na terra. Tentaremos fechar os olhos, mas não o teremos mais. Aliviaremos-nos com textos proféticos e reflexões filosóficas, mas como já fora escrito: Só o homem constrói o que o coração pode aniquilar.
Um clarão tomará o caule das plantas, a terra do chão e o fogo do céu. Nada mais será sentido neste plano, tudo o que lhe causará dor e insegurança, deverá lhe acompanhar pela eternidade.
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